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Construindo Referências Técnicas e Éticas para Atendimento Clínico de Pessoas Surdas


Publicado em: 2 de maio de 2019

Data: 19/10/2018

Local: Auditório do Conselho Regional de Psicologia de São Paulo - CRP SP

A psicologia, na sua prática clinica, tem se deparado com muitos desafios, sobretudo no atendimento às pessoas surdas. A comunicação com indivíduos oralizados, ou seja, que se utilizam da leitura labial e da escrita, difere substancialmente do modo como se comunicam surdos sinalizadores que utilizam a língua de sinais. Assim como, há surdos que não conseguiram adquirir nem a língua portuguesa, nem a língua de sinais e se comunicam por meio de gestos. Ademais, o grau de perda auditiva, pode interferir no atendimento, dependendo do grau e do modo como o surdo se comunica. Assim, é preciso considerar as diferenças linguísticas desses indivíduos, para que as (os) psicólogas (os) possam desenvolver um trabalho qualificado, sustentado por uma comunicação compreensível e que faça sentido para a pessoa surda.

Cada vez mais as pessoas surdas que utilizam língua de sinais, vêm conquistando o direito de desfrutar linguisticamente dos espaços sociais. No âmbito da saúde pública e da prática clínica, apesar de avanços tímidos, estão sendo disponibilizados profissionais que façam atendimento em LIBRAS ou intérpretes de LIBRAS, mediando a conversação entre o paciente surdo e o profissional da saúde. Considerando essas nuances no atendimento clínico, em que situações é aceitável ou recomendável a presença do (a) intérprete? Quais são os efeitos psicossociais ao ofertar um atendimento que desconsidera o aspecto linguístico da pessoa surda? Que outros aspectos precisam ser considerados no diversos atendimentos no âmbito da saúde?

Nessa direção, o Conselho Regional de Psicologia de São Paulo e o Núcleo de Psicologia e Deficiência, com intuito de orientar à categoria e qualificar o atendimento, está propondo essa segunda roda de conversa com as (os) psicólogas (os) que atuam nesse campo. Com isso, intentamos abordar sobre o direito do surdo em ser atendido plenamente na sua língua de conforto pela (o) psicóloga(o) e também sobre a presença do(a) intérprete de LIBRAS, quando houver diferenças linguísticas no atendimento clínico. Convidamos assim, à todas as pessoas que querem contribuir com esse debate e com a efetivação da garantia de direitos e de acesso com liberdade de pessoas surdas no atendimento clínico.

Mirnamar Pinto da Fonseca Pagliuso - Coordenadora do Núcleo de Defesa de Direitos: Psicologia e Deficiência do Conselho Regional de Psicologia de São Paulo - CRP 06.

Palestras

Priscila Lago Mourão dos Santos - Possui graduação em Psicologia pela Universidade Paulista (1998). Pos graduada em: Terapia Familiar e de Casal (2002), Psicotecnico (2006), Língua Brasileira de Sinais - LIBRAS (2009). Guia intérprete (2011). Experiência na área de Psicologia Clinica (atendimento familiar de casal, crianças, adultos, deficientes auditivos e surdos). Recrutamento e seleção de PCDs. Palestrante. Docente em Libras em faculdades e pós-graduação. Tradutora e Intérprete de Libras - Português - Libras e guia intérprete.

Renato Dente Luz - Graduado, Mestre e Doutor em Psicologia pela USP, Proficiência pelo Prolibras, Psicólogo Clínico e Supervisor Clínico particular, Colaborador do NPD do CRP/SP, Autor do livro "Cenas surdas: os surdos terão lugar no coração do mundo?".

Raissa Siqueira Tostes - É psicóloga surda, sendo que é graduada em 2015 pela Universidade de Ribeirão Preto (UNAERP), mestre em Educação Especial pela Universidade de São Carlos (UFScar) em 2018. Atualmente, atua em um consultório atendendo surdos em Libras; compõe o Núcleo da Pessoa com Deficiência do CRP-SP; é uma membra da diretoria (secretária) da Associação de Surdos de Ribeirão Preto (ASRP).

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