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Subsedes do CRP SP promovem encontros para discutir a atuação das/dos psicólogas/os na assistência às pessoas trans


Publicado em: 13 de fevereiro de 2020

Dando continuidade ao debate sobre identidade, defesa e promoção de direitos humanos de pessoas trans, as Subsedes de Campinas e Baixada Santista e Vale do Ribeira do CRP SP promovem encontros hoje (13), à noite, para discutir a atuação das/dos psicólogas/os na assistência às pessoas trans. Na subsede de Bauru o encontro acontece na próxima quarta (19). Os eventos são abertos ao público e você pode conferir a programação clicando aqui.

O tema também foi discutido nas subsedes Metropolitana, Alto Tietê e Ribeirão Preto do CRP SP. Diferentes mesas-redondas abordaram temas como envelhecimento, oportunidades de trabalho, arte e destacaram um ponto: a linguagem que invisibiliza as pessoas trans. Em parte pela desorganização, em parte pela transfobia de várias instituições, falta respeito à autodenominação da pessoa, seu nome social. “E isso leva a pessoa a sair da faculdade, do trabalho, da escola. Vejo muita dificuldade das instituições em aceitarem as mudanças” disse o psicólogo, Roland de Oliveira Neca, que participou da discussão sobre Despatologização das Identidades Trans, em São Paulo.

“Antes de invadir o corpo de uma pessoa, é muito importante perguntar o pronome que ela usa”, explicou o psicólogo Pedro Pires. O debate em torno no nome traz a discussão da própria identidade das pessoas trans.

O nome social é um dos pontos abordados no Documento de Orientação CRP 06 Nº 002/2019, lançado no último dia 29 de janeiro, Dia Nacional da Visibilidade Trans, pelo Conselho Regional de Psicologia de São Paulo. A publicação enfoca a atuação profissional de psicólogas/os no processo transexualizador e demais formas de assistência às pessoas trans. Veja aqui.

Caru de Paula, psicólogo e criador do Slam Marginália - batalha de poesias para pessoas trans e gênero sexo dissidentes – também participou do debate na Subsede Metropolitana. Ele disse: “a saúde mental é uma discussão muito complexa – está na carne e na subjetividade. Não é uma questão de cis ou trans. É sobre direito ao corpo, direito à vida e a toda singularidade e potência”.

Em Ribeirão Preto, a roda de conversa debateu a Despatologização e a Garantia de Direitos das Pessoas Trans. No Alto Tietê, o psicólogo Flávio Alves da Silva, mestre em Psicogerontologia, falou sobre velhice e envelhecimento na população trans. Sua pesquisa aponta que entre transgêneros é comum o medo da velhice solitária e vulnerável – porque laços familiares em geral estão rompidos e os trans acabam muitas vezes não construindo patrimônio.