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Leia texto do CRP SP com balanço de ações de 2011 e perspectivas para 2012


Publicado em: 20 de janeiro de 2012
Créditos: CRP SP
Fotos: CRP SP

O caminho se faz ao caminhar Neste começo de 2012, trazemos para o (a) psicólogo (a) um resumo das ações realizadas pelo CRP SP em 2011; estas aconteceram sempre tendo em mente a responsabilidade política do Conselho na defesa da Psicologia, na construção de um bem comum e no fortalecimento de políticas que possam privilegiar o ser humano e suas capacidades, independente de classes sociais, etnia e orientação sexual. O Conselho participou ativamente das Conferências Nacionais de Assistência Social, Saúde e LGBT. A integração do Conselho nestes espaços é de fundamental importância, pois eles são mecanismos institucionais participativos de proposição de ações e de acompanhamento e controle da gestão pública. São espaços legítimos e deliberativos para que governo, sociedade civil e outros se reúnam e, num processo democrático, discutam e definam políticas públicas. Outra instância imprescindível são os Fóruns, que se constituem como espaços legítimos de debate, articulação e reflexão coletiva. O Fórum de Medicalização, que completou seu primeiro ano, realizou reuniões mensais com profissionais, representantes de entidades e movimentos sociais que discutem essa questão no Brasil. Além do CRP SP, também integram o Fórum o CRP RJ e o Conselho Federal de Psicologia (CFP). No ano que passou, as principais ações foram o II Seminário Internacional A Educação Medicalizada: Dislexia, TDAH e outros supostos transtornos, que teve a participação de mais de 2 mil pessoas e contou com a veiculação de seus debates e mesas em tempo real pela internet. O CRP SP também integrou o Fórum de Debate sobre a Atuação dos Psicólogos nos Serviços de Acolhimento Institucional para Crianças e Adolescentes, no qual foram discutidos diversos temas sobre o papel dos (as) psicólogos (as) nesse âmbito. A mobilização contra a internação compulsória também foi constante. O CRP SP participou da 4ª Inspeção Nacional de Direitos Humanos: Locais de internação para usuários de drogas, promovida pela Comissão Nacional de Direitos Humanos do Conselho Federal de Psicologia (CFP) e desenvolvido em conjunto com o Sistema Conselhos de Psicologia. O Relatório trouxe o resultado de vistorias em 68 instituições de internação para usuários de drogas, em 24 estados brasileiros e no Distrito Federal, realizadas em 28 e 29 de setembro de 2011. Inúmeras violações aos direitos humanos foram detectadas na inspeção. O CFP e os CRP SP, CRP MG e CRP RJ apresentaram representação junto ao Ministério Público de seus respectivos estados, expressando a contrariedade das políticas governamentais que apoiam a internação compulsória em instituições para usuários de saúde mental em detrimento da assistência em rede substitutiva. O documento pede também a investigação sobre essas situações. Também foi encaminhado à ONU, o Relatório para a Revisão Periódica Universal (RPU), assinado pelo CRP SP, CEDECAs (Centros de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente), Movimentos Sociais, Coletivos e Associações que integram a Luta Antimanicomial. O relatório teve dois enfoques estratégicos: internações compulsórias e unidades experimentais de saúde. 2011 foi também o Ano Temático da Avaliação Psicológica, com a realização das etapas regionais em todo o país. Em março, todas essas experiências serão compartilhadas no Seminário Nacional que acontecerá em Brasília. Ao final do ano, será produzido um relatório com as conclusões dos debates. A VI edição do Prêmio Arthur Bispo do Rosário, que teve cerca de 900 trabalhos inscritos, reuniu mais de 200 pessoas em dezembro, na cidade de São Paulo, na cerimônia de premiação que celebrou o potencial transformador e criador da arte em usuários de serviços de saúde mental em seis categorias: esculturas e instalações; vídeos; contos e crônicas; pinturas e ilustrações; poesias; e fotografia. A II Mostra Estadual de Práticas Inovadoras em Psicologia: Intersetorialidade, Defesa e Promoção dos Direitos Humanos/ Prêmio Madre Cristina, reuniu trabalhos desenvolvidos em hospitais, penitenciárias, clínicas, associações de bairro, escolas e também de estudantes em estágio. Durante todo o ano, o CRP SP realizou seminários e outras ações que abordaram temas como Psicologia online, Psicologia e povos indígenas, Emergências e Desastres, Racismo, o Dia do (a) Psicólogo (a), o aprofundamento das discussões sobre álcool e outras drogas junto a outras áreas. As subsedes também realizaram diversas atividades em suas regiões. Na esfera federal o CRP segue firme na defesa do Projeto de Lei das 30 horas e contra o PL do Ato Médico. O ano de 2011 marcou também o fortalecimento de novas estratégias de comunicação do CRP SP tanto junto à categoria, quanto à sociedade em geral, com a utilização de redes sociais e transmissões online de atividades, via CRP WEB TV. Em 2012, os caminhos trilhados seguem seu fluxo. O Crepop (Centro de Referência Técnica em Psicologia e Políticas Públicas) irá desenvolver ao longo deste ano, 13 consultas públicas. A primeira delas já está em curso e acontece com psicólogas (os) de todo o Brasil que atuam em programas de atenção à mulher em situação de violência. Este ano também marca os 50 anos da regulamentação da Psicologia no Brasil. Um momento importante de reflexão do que passou e de perspectivas para os próximos anos. O CRP SP irá celebrar a data refletindo sobre as ações realizadas pela profissão nestas cinco décadas, contando os avanços e também retrocessos, pois é preciso olhar para os erros para aprender a não repeti-los no futuro. A II Mostra Nacional de Práticas em Psicologia, que acontece entre os dias 20 e 22 de setembro na capital paulista, será um grande evento de celebração dos 50 anos de Psicologia; um espaço para se intensificar os laços entre os (as) psicólogos (as) de todos os estados brasileiros dando visibilidade para as contribuições da Psicologia na construção de Brasil mais humano e justo. O ano está apenas começando, mas o CRP SP já está a pleno vapor. Nessa caminhada, a participação de psicólogos (as) é fundamental para que possamos avançar ainda mais. Participe conosco!