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CFP obtém decisão favorável e garante o direito de divulgar livro e vídeo sobre o tema


Publicado em: 1 de novembro de 2012
Créditos: CRP SP
Fotos: CRP SP

CFP obtém decisão favorável e garante o direito de divulgar livro e vídeo sobre o temaO Conselho Federal de Psicologia - CFP vem informar que a Justiça Federal do Distrito Federal, 1ª Vara Federal, julgou IMPROCEDENTE ação manejada pela FEDERAÇÃO BRASILEIRA DE HOSPITAIS - FBH em desfavor do CFP (confira a sentença). O Autor da ação pretendia que o Conselho Federal de Psicologia se abstivesse de editar, divulgar, distribuir e comercializar o livro A Instituição Sinistra - Mortes Violentas em Hospitais Psiquiátricos no Brasil e o vídeo Tribunal dos Crimes da Paz, além de obter indenização por danos morais. Os argumentos utilizados pelo CFP, em sua defesa, foram amplamente acatados na decisão proferida. A decisão em comento considerou que o art. 1º da Lei 5.766/71, que criou o Conselho Federal e os Regionais de Psicologia, outorgou-lhes a finalidade de orientar, disciplinar e fiscalizar o exercício da profissão de Psicólogo e zelar pela fiel observância dos princípios de ética e disciplina da classe. Nesse passo, reputou ser incumbência do CFP proporcionar uma orientação adequada aos profissionais da psicologia, com vistas ao seu perene desenvolvimento e qualificação. Concluiu que a publicação do livro A Instituição Sinistra - Mortes Violentas em hospitais psiquiátricos no Brasil e a divulgação do vídeo Tribunal dos Crimes da Paz, o Hospital Psiquiátrico no Banco dos Réus tratam de uma crítica ao atual sistema brasileiro, ou seja, trata-se de uma crítica construtiva que não visa ofender uma instituição psiquiátrica ou uma profissional em específico. Asseverou-se tratar de manifestações de pensamento e de informação que se inserem no direito da liberdade de expressão. Concluiu-se, também na decisão em destaque, que o CFP, com essas publicações, buscou uma reflexão do atual modelo de tratamento, e, consequentemente, uma reforma psiquiátrica no país. Trata-se, assim, de importante decisão que impede mais uma tentativa de criminalizar os defensores de Direitos Humanos.