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Vídeo com discussões do seminário já está disponível na internet


Publicado em: 23 de agosto de 2013
Créditos: CRP SP
Fotos: CRP SP

Vídeo com discussões do seminário já está disponível na internet A atuação da Psicologia no Sistema Único de Assistência Social (SUAS) e os desafios para humanizar o atendimento à população na rede pública de saúde foi destaque no II Seminário Psicologia no SUAS: contribuições, desafios e percepções. O evento foi transmitido ao vivo em 22 de agosto pelo site do CFP. O intuito foi ampliar o compromisso da Psicologia na efetivação do SUAS, por meio da atuação dos (as) psicólogos (as) na política pública de Assistência Social, possibilitando reflexões sobre os avanços e os desafios para a área. Na abertura, a conselheira Federal, Heloíza Massanaro, lembrou que o Seminário reflete uma das iniciativas de representação, mobilização, pesquisa e orientação técnica para a atuação da Psicologia neste segmento. Esse seminário é importante para discutir o papel do (a) psicólogo (a) no SUAS, dentro do espaço da academia e também na gestão do serviço, uma vez que a categoria tem contribuído bastante com essa luta, disse o mediador da mesa, Rafael Gonçalves, psicólogo e representante do Fórum Nacional dos Trabalhadores do Suas (FNTSUAS) e Federação Nacional dos Psicólogos (Fenapsi). A secretária nacional de Assistência Social (Snas), Denise Colin, falou sobre o avanço da política por parte do governo. Implantamos a universalização dos serviços de proteção básica e a previsão da proteção social em todos os municípios brasileiros acima de 20 mil habitantes. Mas precisamos aprimorar a qualidade para que a política se concretize, com parâmetros mínimos de qualidade que atendam também os pequenos municípios, completou. Dados do CFP apontam que existem, atualmente, aproximadamente 21 mil psicólogos (as) atuando na rede pública de saúde, em municípios e estados, na oferta e execução de serviços. Desafios Sobre os desafios para a implentação do SUAS, criado em 2005, Denise Colin acredita ser fundamental ampliar o debate sobre as competências de cada profissional e investir na formação desses (as) trabalhadores (as), promovendo melhorias na oferta dos serviços. Também é preciso realizar mais concursos públicos e qualificar as categorias de nível médio, com encontros regionais para reconhecer as aptidões e competências dessa área, destacou. Já a psicóloga Rozana Fonseca, especialista em gestão social: Políticas Públicas, Redes e Defesa de Direitos, enfatizou que, para avançar no SUAS, é preciso que a categoria se posicione de maneira crítica acerca das políticas públicas para minimizar e superar os efeitos da desigualdade social. Os psicólogos (as) precisam ter um entendimento maior acerca de cidadania, de direitos sociais, e definir uma concepção acerca da pobreza, da transferência de renda, da violação de direitos. Segundo Fonseca, a partir disso, é possível criar condições de avaliar se os profissionais que atuam no SUAS estão contribuindo para a emancipação política do indivíduos e das famílias. Sobre o cenário da desigualdade social, a psicóloga social e clínica, Lúcia Afonso, mestre e doutora em educação, lembrou que população que vive em situação de risco e pobreza é, na maioria das vezes, culpabilizada por viver nessas circunstâncias. A Psicologia tem que trabalhar ativamente contra esse fantasma que ainda persiste, por meio da proteção e garantia dos direitos sociais, com base no princípio da dignidade humana, considerou. Lúcia Afonso menciona que, nessa temática, o desafio consiste no desenvolvimento de uma rede de proteção e políticas públicas. É preciso inserir o sujeito, torná-lo protagonista do atendimento. Trata-se de procurar saberes e práticas existentes, adequadas à realidade de cada indivíduo, pontua. O evento serviu como instância preparatória para o II Seminário do Fórum Nacional de Trabalhadoras e Trabalhadores do Suas (FNTSUAS), que acontecerá em setembro e discutirá a contribuição de cada categoria profissional para o Sistema Único de Assistência Social. Por conta da instabilidade no servidor que transmitiu o Seminário, houve dificuldade de acesso em algumas conexões. Diante da quantidade de pedidos, o vídeo, ainda sem edição final, está disponibilizado no YouTube. A versão editada será disponibilizada na próxima semana no site do CFP.