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Abertura oficial do evento é marcada por celebração de milhares de pessoas


Publicado em: 21 de setembro de 2012
Créditos: CRP SP
Fotos: CRP SP

Abertura oficial do evento é marcada por celebração de milhares de pessoas Um abraço coletivo marcou a cerimônia de abertura da 2ª Mostra Nacional de Práticas em Psicologia, que reuniu mais de oito mil pessoas no Anhembi nessa quinta-feira (20). O auditório, em festa, comemorou mais uma vez os 50 anos da Psicologia brasileira. Na mesa de abertura, estavam presentes o presidente do Conselho Federal de Psicologia (CFP), Humberto Verona, o ministro da Educação, Aloízio Mercadante, a presidenta do CRP SP, Carla Biancha Angelucci, além de representantes do governo, de entidades da categoria e movimentos sociais. De acordo com Verona, o evento revela o tamanho e a diversidade da Psicologia no Brasil. Para ele, os 50 anos da profissão regulamentada fizeram com que psicólogos (as) se comprometessem mais com a defesa incondicional dos direitos humanos e a busca pelo bem comum. Doze anos após a primeira Mostra, um evento dessa dimensão, com profissionais e estudantes, revigora a nossa profissão e faz disso a principal comemoração. Durante a cerimônia, o presidente do CFP anunciou duas parcerias: a primeira entre o Fórum Nacional de Entidades da Psicologia Brasileira (Fenpb) e o Ministério da Educação, que produzirá um estudo sobre a violência nas escolas brasileiras; a segunda será entre o Sistema Conselhos e a Secretaria Nacional de Direitos Humanos da Presidência da República, que irá colaborar para a atuação dos comitês de combate à homofobia em todos os estados do Brasil. Segundo o ministro Mercadante, essa será a maior pesquisa sobre a situação dos direitos humanos nas escolas da rede pública brasileira. O estudo, inédito, será realizado em parceria com oito universidades federais e todas as entidades sociais. Vamos tratar estes temas com responsabilidade e cuidado e enfrentá-los no sentido do respeito à diversidade, a valores, saúde, afirmou o ministro. O coordenador do Movimento Nacional de População de Rua, Anderson Lopes Miranda, foi aplaudido de pé pela platéia que participava da solenidade de abertura ao parabenizar a categoria por lutar contra a internação compulsória e a favor dos direitos humanos. Quem precisa de internação são os governantes que não cumprem a lei, destacou. Minha voz representa as muitas vozes, de todos que construíram essa Mostra. Vozes de um grupo que começou com seis pessoas e culminou em 32 mil pessoas, mesmo que nem todos estejam presentes, afirmou a coordenadora geral da 2ª Mostra e Conselheira do CFP, Monalisa Barros. Durante sua fala, ela também fez uma retrospectiva de todo o processo de construção desta grande celebração da Psicologia brasileira e lembrou a figura de Paulo Freire, que completaria 91 anos, no último 19 de setembro. Que nesta mostra possamos reconhecer quem somos para construir muito bem os próximos 50 anos, finalizou. A Presidenta do CRP SP, Carla Biancha Angelucci, disse ser uma honra para São Paulo receber um evento tão grandioso como a Mostra. Esta é uma significativa oportunidade para psicólogos (as) do Brasil, da América Latina e de países de língua portuguesa, se aproximarem e reunirem forças e estratégias para implementar as ações das quais acreditamos e lutamos. Somos muitos, somos fortes, somos arco, somos flecha. A psicóloga e ex-presidente do CFP, Ana Bock, relembrou como a 1ª Mostra Nacional foi um marco importante para a Psicologia e as conquistas que a área teve desde então. A mostra começou como um sonho que se sonhou junto e que se tornou realidade. Esta segunda edição é uma oportunidade de avaliar nossos avanços e desafios nestes 12 anos que separam uma atividade da outra. O compromisso agora se traduz na busca pelo bem comum. Após a cerimônia de abertura, a representante dos guarani-kaiowá do Mato Grosso do Sul, Valdelice Veron, foi agraciada com o prêmio Paulo Freire, por ser uma figura de destaque na defesa dos direitos dos povos indígenas. Hoje eu recebo essa homenagem e a repasso para todas as lideranças indígenas no Mato Grosso do Sul e no Brasil que lutam pela vida, pela sobrevivência. Dessa forma, acredito que nós vamos construir esses diálogos com os psicólogos. Vejo essa iniciativa como uma esperança de novo.