Notícias


Articulação das políticas públicas locais e rodas de conversa estão entre as atividades organizadas.


Publicado em: 25 de março de 2019
Créditos: CRP SP
Fotos: CRP SP

O Conselho Regional de Psicologia de São Paulo (CRP SP), juntamente com universidades, associações e outras entidades, participa do grupo de apoio técnico a toda comunidade da E. E. Raul Brasil, em Suzano. Na quarta-feira, 13 de março, a escola foi alvo de uma tragédia que resultou em oito mortes – cinco estudantes, duas funcionárias da escola e o tio de um dos dois atiradores – e comoveu o país.   Leia aqui a Nota de Solidariedade do CRP à comunidade da E.E. Raul Brasil.    O CRP SP possui representação permanente na região de Suzano pela conselheira Magna Barboza Damasceno, da subsede Metropolitana. Nesse momento, Maria Rozineti Gonçalves, vice-presidente do CRP SP e a conselheira Beatriz Brambilla também têm participado das reuniões organizadas pelo poder público local que articulam as políticas públicas de Saúde, Assistência Social e Educação em um grupo de apoio multidisciplinar. Ressalta-se a importância de que quaisquer iniciativas e ações de apoio e solidariedade devem ser implementadas de maneira integrada às políticas públicas, em consonância com o Plano de Contingências de proteção e defesa civil do município.   Assista ao vídeo de Maria Rozineti Gonçalves sobre as primeiras reuniões do grupo de apoio. Clique aqui para assistir ao vídeo.   A Psicologia é convocada em situações como essa ocorrida na E. E. Raul Brasil em Suzano pelo seu campo de conhecimento organizado e sistematizado em Emergências e Desastres. Conheça a Nota Técnica sobre atuação da Psicologia na Gestão Integral de Riscos e Desastres, acesse aqui.   Assista abaixo ao vídeo da psicóloga Sandra Assis, do núcleo de Emergências e Desastres, em que ela explica como a/o psicóloga/o pode contribuir em situações em que as pessoas são afetadas por tragédias. Acesse aqui.   As representantes do CRP SP têm contribuído para estimular as conversas visando desenhar os fluxos e apoiar na organização das articulações entre as políticas públicas para assegurar os direitos das pessoas e o atendimento das famílias afetadas. “Muitas ações estão sendo realizadas na E.E. Raul Brasil, mas a cidade inteira de Suzano está muito fragilizada. Nesse momento a gente tem as equipes da saúde, da rede de atenção psicossocial, bastante envolvida, coordenando o processo com um número grande de voluntários, fazendo a escuta, a assistência, acompanhando as famílias, os adolescentes, os adultos, enfim, todas as pessoas” explica a psicóloga e conselheira do CRP SP, Beatriz Brambilla.   Cuidar de quem está cuidando   Dentre as ações planejadas estão rodas de conversas com os profissionais envolvidos – professores, psicólogos e outros colaboradores. Segundo a conselheira Beatriz Brambilla, o CRP SP tem ofertado apoio para as equipes e para os gestores participando ativamente com orientações técnicas e éticas para a atuação neste contexto. “A gente tem participado das reuniões junto à Secretaria de Educação para pensar a melhor forma de acolher os professores, como pensar a rotina escolar, como propor reflexões sobre a violência e sobre as relações sociais que se dão no âmbito da escola. Principalmente, quais são os instrumentos que a gente tem para trabalhar, para falar sobre o que aconteceu e para prevenir também situações futuras” explica.   Passado o estágio de contingência imediatamente após a tragédia, o grupo de apoio tem voltado a atenção para a recepção dos estudantes e funcionários de volta à escola que está acontecendo desde o dia 18 de março, com atividades de acolhimento, mas ainda sem o retorno das aulas regulares. Projetar o futuro também é um foco de dedicação do grupo de apoio. “Neste momento já estamos organizando algumas ações para pensar esse luto coletivo da cidade e para restaurar as relações entre as pessoas e a sensação de segurança na comunidade” conclui Beatriz Brambilla.