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21 de setembro - Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência


Publicado em: 21 de setembro de 2020

O dia 21 de setembro, assim como todo o mês, não deve ser encarado como uma data comemorativa relacionada às pessoas com deficiência. Trata-se do resultado das muitas lutas dos Movimentos Sociais de Pessoas com Deficiência a fim de trazer para o debate público suas necessidades como sujeitos, como cidadãs e cidadãos.

É inegável o papel que a participação política das pessoas com deficiência produz no avanço em relação às conquistas de direitos, um processo que se intensifica no Brasil na década de 80 junto a outros movimentos sociais e que compõem um momento amplo de democratização do País, na ocasião.

Partindo do princípio de que a Deficiência é uma construção social e que é papel da sociedade remover as inúmeras barreiras que impedem a plena participação e o exercício dos direitos em igualdade de condições com as demais pessoas, o Conselho Regional de Psicologia de São Paulo se soma à luta das pessoas com deficiência.

É dever ético da Psicologia e da Psicóloga trabalhar pela dignidade e pela emancipação humanas e se posicionar contrariamente à toda forma de violência, exploração, crueldade ou opressão. É sabido também que a vida das pessoas com deficiência, historicamente, foi submetida à inúmeras violências e humilhações que impactaram e ainda impactam sobremaneira sua dignidade.

Ainda que tenhamos avançado com legislações e políticas públicas que têm o objetivo de reduzir as históricas desigualdades sociais, econômicas, políticas e culturais que impactam as vidas das pessoas com deficiência, há muito ainda por fazer a fim de cobrar do Estado de sua obrigação de garantir a dignidade e os direitos fundamentais à todas as pessoas. Esse é o papel do Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência: colocar em evidência as conquistas e as pautas destas pessoas!

Num momento histórico de tantas perdas de direitos, em que o ultraconservadorismo e a negligência do estado constituem um projeto de sociedade, é dever da Psicologia nos somarmos às pautas dos movimentos de pessoas com deficiência para que não sejam ainda mais violentadas. Nenhum direito a menos, e acima de tudo, nenhum direito que seja discutido sem a participação das pessoas com deficiência. Afinal, nada sobre nós, sem nós!

A Psicologia é para todas as pessoas com deficiência e se faz com Direitos Humanos!