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Como ser mulher em uma sociedade que oprime e por vezes invisibiliza a nossa existência?


Publicado em: 10 de dezembro de 2020

A trajetória de cada uma é demarcada pelas nossas interseccionalidades. Somos atravessadas pela nossa cor, classe, corporeidades, gênero, orientação sexual, identidades. Historicamente, vivenciamos violências das mais diversas maneiras – sejam as que são veladas, como as psicológicas, patrimoniais, morais ou violências físicas. 

A nós, mulheres, disseram que viver dentro do patriarcado era a receita cultural. Que os nossos destinos seriam os cuidados e a entrega compulsória, seja dentro de um casamento, no papel de esposas e filhas belas, recatadas e do lar; seja como força de trabalho não reconhecida e explorada; seja também com a exploração sexual dos corpos de mulheres e meninas. 

Ora, não há nada de errado no casamento, desde que seja o nosso desejo e escolha, sustentado em relações mais justas e equinânimes e com responsabilidades compartilhadas. 

Quanto ao trabalho, que ele se cumpra em iguais condições de acesso e remuneração, com a garantia dos direitos das trabalhadoras e o reconhecimento de nossas múltiplas potencialidades.

Parem de nos matar – No Brasil, durante a pandemia, houve um aumento de 20% nos casos de feminicídio. É urgente o debate e o enfrentamento às violências que todas as mulheres são vítimas diariamente e lutar por uma vida digna e elaboração de estratégias de assistência e cuidado na perspectiva de gênero. 

Desde 25 de novembro, O CRP SP tem articulado a campanha  dos 16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência Contra as Mulheres com atuação e enfrentamento a todas as formas de opressões e reafirmando o papel da Psicologia como ciência e profissão. Trouxemos relatos e retratos de mulheres com o olhar para suas histórias e narrativas de existir e resistir ao machismo, patriarcado, racismo, capacitismo, transfobia, lgbtfobia.

Encerramos a série de retratos com esse Manifesto; que é na luta que a gente se encontra, compartilha e se conecta Estamos juntas na defesa de uma sociedade que respeite a todas as mulheres. Somos Elânia, Bruna, Fernanda, Rute, Vanuza e Amelinha. Somos diversas e r(e)xistimos!

A Psicologia se faz em defesa de todas as mulheres.

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#PraTodosVerem: nesta publicação, há um card com a identidade visual da campanha “16 dias de ativismo pelo fim da violência contra as mulheres” cujo fundo é em tons de laranja, com textura de tecido levemente amassado, a ilustração de uma mulher olhando para a tela, pinceladas também em tons de laranja e o logo da campanha roxo e branco.