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Conselheiras/os participam de diálogos e articulações sobre violência nas escolas
Publicado em: 25 de abril de 2023
No contexto de repetidas violências ocorridas no ambiente escolar, principalmente os casos mais recentes de ataques às escolas, o CRP SP, por meio de suas conselheiras/os têm participado de articulações e diálogos para pensar soluções para o problema e também para cobrar a implementação da Lei nº 13.935/2019, que dispõe sobre a prestação de serviços de psicologia e de serviço social nas redes públicas de educação básica.
Na última segunda-feira, dia 24, foi realizada uma audiência pública, o CRP SP participou da audiência pública “Escola sem violência”, realizada na Assembleia Legislativa de São Paulo (ALESP). A audiência buscou dialogar com parlamentares e a sociedade sobre medidas de redução das violências nas escolas. O debate proporcionou um momento de escuta e diálogo entre educadoras, familiares, estudantes, movimentos sociais, especialistas e legisladoras para a consolidação de uma comunidade escolar forte e atuante.
A conselheira Ione Aparecida Xavier (CRP 06/27445), participou da atividade, destacando a pertinência da Lei Nº 13.935, que garante a atuação de psicólogas/os e profissionais do Serviço Social na Educação Básica, e defendeu sua implementação em âmbito estadual. Ela foi sancionada em 2019, sendo, portanto, dever dos municípios e estados implementá-la.
A relação entre o crescimento do extremismo político e seu engajamento em ambientes virtuais também foi tema abordado. De acordo com Helena Vieira, pesquisadora no projeto Monitor do Debate Político em Meio Digital, realizado pelo Grupo de Políticas Públicas para o Acesso à Informação (GPoPAI) com sede na USP Leste, é preciso considerar também os dispositivos de ódio e o radicalismo nas redes sociais e suas relações com o extremismo violento nas escolas”.
As/os participantes alertaram para o perigo do imediatismo na resolução dos problemas, questionando, por exemplo, a política de aumento do policiamento ostensivo nas escolas, defenderam maior financiamento para a educação, e apontaram que, para o enfrentamento destes casos de extrema violência, é preciso um trabalho em rede, que envolva toda a comunidade escolar e que amplie o acesso a direitos.
Em fevereiro, o psicólogo e conselheiro Dreyf de Assis Gonçalves (CRP 06/55379), que coordena a Subsede Bauru do CRP SP, participou de audiência pública na Câmara Municipal da cidade, convocada para discutir a implementação da Lei nº 13.935. Durante sua fala, o conselheiro pontuou que “a escola acaba sendo um grande depositário das mazelas sociais, das desigualdades sociais e leva o educador a tarefas que muitas vezes nós, psicólogos e assistentes sociais, devemos estar ali para apoiar”.
Questionando as alegações da administração pública, que insiste na tecla da falta de recursos, o conselheiro do CRP SP afirmou que “os recursos e condições existem, entretanto é necessária uma mobilização e sensibilização por parte dos agentes públicos no que tange ao cumprimento da lei”. Dreyf ainda reiterou que tanto a Psicologia quanto o Serviço Social estão à disposição para ajudar a construir junto à Prefeitura de Bauru o planejamento da legislação. E propôs que a Prefeitura criasse um grupo de trabalho e desenvolvesse, em conjunto com entidades, movimentos e sindicatos, uma plano para implementação da Lei no município.
Fotos: Rodrigo Costa (1 e 2) e Pedro Romualdo (3)
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#ParaTodosVerem. Foto de uma mesa de conferência com cinco mulheres, a maioria delas negras. Atrás um painel com a logomarca da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, onde o evento estava sendo realizado. À frente da mesa uma faixa estendida onde se lê “Movimento Pretas”.
#ParaTodosVerem. Foto de uma mesa de conferência com foco aproximado em duas mulheres. Uma delas é conselheira do CRP SP. Sobre a mesa, além dos microfones, existem garrafas de água mineral e papeis de anotação. Atrás um painel com a logomarca da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, onde o evento estava sendo realizado.
#ParaTodosVerem. Foto com várias pessoas sentadas no Plenário da Câmara Municipal de Bauru, onde se realiza a audiência pública. Em destaque no primeiro plano da foto, dois homens brancos, sendo um de meia idade. Sobre a bancada há copos d’água, um telefone e microfones.
