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#CRPSPNaMídia - Presidenta do CRP SP, Talita Fabiano de Carvalho, destaca a importância do acompanhamento psicológico nos casos de abusos sexuais de crianças e adolescentes


Publicado em: 22 de outubro de 2024

De acordo com levantamento da Secretaria de Segurança Pública, foram registrados 2.982 casos de estupro de vulnerável entre janeiro e agosto deste ano na Região Metropolitana de São Paulo — índice que superou as 2.930 ocorrências em 2023. Entre os processos que tramitam no estado, o crescimento foi quase de 50% no período de 2018 a 2023, segundo o Tribunal de Justiça.

Em entrevista ao programa SP2, da TV Globo, nossa presidenta Talita Fabiano de Carvalho (CRP 06/71781) alertou que um dos sinais mais comuns para identificar situações de abusos em crianças e adolescentes é uma mudança repentina no comportamento.

“Pode ser algo que ela gostava muito e, de repente, não quer mais ficar naquele lugar. É um importante indício de que alguma coisa está acontecendo. Além disso, também é comum apresentar alguns comportamentos infantis repetitivos, ou então ficar num estágio de silêncio, ao permanecer muito tempo quieta e desinteressada de inteirações humanas", detalhou a psicóloga.

A reportagem que teve a participação da presidenta Talita mostrou um caso de uma pessoa estudante que foi abusada em sala de aula. Nessas situações, a indicação dada foi buscar acompanhamento psicológico para auxiliar no cuidado integral desta criança e das adaptações necessárias, inclusive no ambiente educacional.

"Ouvir a criança é o termômetro que revela como ela vai se adaptar à nova realidade de uma outra escola, inclusive para tentar identificar o que ficou gravado da situação que aconteceu. Por isso, é essencial uma ajuda profissional, que vai atuar para direcionar essa criança e sua família sobre como enfrentar as circunstâncias dali em diante”, afirmou Talita.

Durante a entrevista, outras questões também foram apresentadas sobre a responsabilidade da família, sociedade e Estado na proteção integral de crianças e adolescentes e do papel de agente de defesa de direitos que a Psicologia tem o dever de resguardar.

A Psicologia, através das pessoas profissionais, deve compreender e atuar nas dimensões técnicas e políticas que envolvem a proteção infantil, garantindo que o sigilo seja quebrado quando necessário para a segurança das vítimas. A atuação integrada e qualificada das psicólogas e psicólogos é vital para a prevenção, identificação e intervenção nos casos de violência sexual, reforçando a importância desse dia de combate e conscientização.

O CRP SP possui uma importante publicação sobre o tema, o documento "Referências Técnicas para Atuação de Psicólogas(os) na Rede de Proteção às Crianças e Adolescentes em Situação de Violência Sexual", do Centro de Referência Técnica em Psicologia e Políticas Públicas (CREPOP), oferece diretrizes importantes para a atuação profissional.

Em entrevista ao programa SP2, da TV Globo, assista ao vídeo abaixo:

 


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direitos humanos