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29 de agosto: Dia da Visibilidade Lésbica


Publicado em: 29 de agosto de 2025

O Dia da Visibilidade Lésbica, celebrado em 29 de agosto, foi instituído em memória do I Seminário Nacional de Lésbicas (Senale), realizado em 1996, no Rio de Janeiro. Trata-se de um marco político e simbólico para refletirmos sobre as desigualdades e violências que atravessam as vidas de mulheres lésbicas (cis e trans).

Invisibilização, discriminação e estigmas marcam suas trajetórias, impactando o direito à construção de família, à participação no mercado de trabalho, na academia, no acesso à saúde e na vida social.

Essas violências não são apenas individuais, mas estruturais, ligadas a gênero, sexualidade, raça e classe, recaindo de forma ainda mais intensa sobre mulheres lésbicas negras, periféricas, indígenas, idosas, com deficiência ou em outros contextos de vulnerabilidade.

A Psicologia tem um papel central nesse cenário. Nossas práticas devem ir além do acolhimento: é fundamental reconhecer e enfrentar as múltiplas formas de opressão que essas mulheres sofrem. O compromisso ético da profissão, orientado pelas resoluções do Conselho Federal e dos Conselhos Regionais de Psicologia, direciona para uma atuação comprometida com a dignidade, o respeito, a autonomia e os Direitos Humanos. Isso significa combater estereótipos, ampliar representações positivas, apoiar Políticas Públicas inclusivas e assegurar espaços de escuta e cuidado livres de preconceito.

Celebrar a visibilidade lésbica é também afirmar a importância de uma Psicologia comprometida com a justiça social, capaz de problematizar as estruturas que perpetuam desigualdades e de promover práticas que respeitem e reconheçam a diversidade de corpos, afetos e identidades. A dimensão simbólica, tão presente em nossa ciência, convida ainda a reconstruir narrativas e imagens que sustentem novas possibilidades de pertencimento, resistência e potência. Ser visível é resistir; ser cuidado com ética e compromisso é transformar a realidade.

No Dia da Visibilidade Lésbica, reafirmamos que garantir direitos, promover equidade e proteger vidas é também responsabilidade da Psicologia. Tornar-se visível não é apenas existir, mas ocupar espaços, construir memória e afirmar o direito a uma vida plena.

Que este 29 de agosto seja mais do que uma data simbólica: que seja um chamado à ação. Que possamos, na Psicologia e na sociedade, transformar a visibilidade em reconhecimento, acolhimento e garantia de direitos. Tornar visíveis as vidas lésbicas é afirmar sua dignidade, celebrar suas existências e reafirmar que toda mulher merece viver livre de violências, respeitando as questões geracionais e recortes de raça e classe, com saúde, afeto e possibilidades plenas de ser.

Referências:

Resolução CFP n° 001/99: https://site.cfp.org.br/wp-content/uploads/1999/03/resolucao1999_1.pdf   

Referências Técnicas para atuação de psicólogas, psicólogos e psicologues em Políticas Públicas para a População LGBTQIA+: https://site.cfp.org.br/wp-content/uploads/2023/06/RT_LGBT_crepop_Web.pdf 

Caderno Temático Vol. 11 - Psicologia e diversidade sexual: https://crpsp.org/uploads/impresso/89/ix-PY27-0PBlELJ3QsiCZn8NRZ_HW_lK.pdf 

Tentativas de Aniquilamento de Subjetividades LGBTIs: https://crpsp.org/uploads/impresso/2714/eED1tnRiNLKUfHHPt43FnSwM2bn4f3kD.pdf 

Manual de Psicologia e Direitos Humanos: https://crpsp.org/uploads/impresso/355512/t4qlql3m85I8Rhtsd38hy5LyGx71VByR.pdf 

Código de Ética Profissional da/o Psicóloga/o: https://crpsp.org/uploads/pagina/355408/okoiEh3TOp51u0_HBkkSSK7O9XAiR2Vd.pdf 

 

#ParaTodosVerem

Card quadrado com fundo em tons de cinza claro. No centro, um símbolo de Vênus (círculo com uma cruz na parte inferior), estilizado com as cores da bandeira lésbica (cinco faixas horizontais nas cores vermelho escuro, laranja, branco, rosa e roxo escuro, de cima para baixo) à direita do símbolo, na parte superior, três borboletas nas mesmas cores. No canto inferior direito, um ícone preto de um calendário. (fim da descrição)


Termos relevantes
direitos humanos