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Erradicar a pobreza também é compromisso da Psicologia


Publicado em: 17 de outubro de 2020

Acabar com a pobreza em todas as suas formas, em todos os lugares” é o primeiro dos objetivos de desenvolvimento sustentável da Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU).

De acordo com o Banco Mundial, a pobreza extrema – que consiste em viver com menos de 1,90 dólar americano por dia - poderá atingir quase 10% da população mundial em 2021, com aumento de 88 a 150 milhões de pessoas em relação aos anos anteriores. 

Agravado pela pandemia do coronavírus, este cenário é muito preocupante em terras brasileiras, onde cerca de 6,7% da população nacional vive nesta situação, segundo a Pesquisa Nacional de Amostras por Domicílio (PNAD), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), feita em 2019. 

O problema da pobreza extrema é antigo. Para marcá-lo de forma oficial, foi escolhido o 17 de outubro como Dia Internacional para a Erradicação da Pobreza. A data foi escolhida porque, em 17 de outubro de 1987, mais de 100 mil pessoas se reuniram em Paris, na França, para realizar homenagens às vítimas da pobreza extrema, da violência e da fome. 

Entre as causas deste fenômeno social, pode-se elencar a elevada concentração de renda, as desigualdades no sistema tributário - o qual favorece os mais ricos em detrimento dos mais pobres -, bem como a ausência de políticas de reparação histórica, a exemplo da abolição inconclusa. Aliás, esse fator explica o fato de 75% da população em extrema pobreza no Brasil ser preta (parda ou negra), segundo o IBGE.

Considerada como uma violação aos direitos humanos, a pobreza tem efeitos psicossociais nocivos à saúde de um indivíduo, tais como ansiedade, depressão, além de ser uma das causas para o suicídio. Reverter o quadro de extrema pobreza exige a atuação de especialistas na formulação, implementação e avaliação de políticas públicas para evitar a reprodução das causas do problema, bem como na atuação de seus efeitos a fim de amenizar consequências. 

Contribuir para erradicar a pobreza, portanto, também deve ser um compromisso de todas/os as/os psicólogas/os.

Por isso, e marcando os 10 anos do Centro de Documentação do CRP SP (CEDOC), apresentamos abaixo algumas produções publicadas no Repositório Digital Fúlvia Rosemberg que se relacionam à temática e apresentam embasamentos teóricos e metodológicos para atuação profissional pela erradicação da pobreza.

Visite o Repositório Digital Fúlvia Rosemberg, CEDOC, e acesse as produções do CRP SP ao longo dos anos.

Cadernos Temáticos CRP SP: 

Psicologia na Assistência Social e o enfrentamento da desigualdade social (2016)

Contra o genocídio da população negra: subsídios técnicos e teóricos para Psicologia (2014)

Psicologia e preconceito racial (2007)

Profissionais frente a situações de tortura (2007)

Livro

Psicologia e políticas públicas - Seminários Gestão 2013-2016 (2016)

Jornal PSI

Brincar pra valer, valer pra brincar: ECA 25 ANOS - Estatuto da Criança e do Adolescente (2015)

Dia da/o Psicóloga/o compromisso total (2014), página 16

A crise econômica e seus efeitos: O que a Psicologia pode fazer diante do sofrimento causado pelo desemprego ou pelas pressões no trabalho em tempos difíceis (2009)

Direito à convivência familiar (2007), página 6

A cor da fome e a cor do “Fome Zero” (2003), páginas 8 e 9

Jornal do Conselho Federal de Psicologia

Pesquisa formará base de dados latinoamericana sobre as consequências psicológicas da pobreza na infância e adolescência (1997)

Seminário:

Seminário de Lançamento Frente Estadual de Drogas e Direitos Humanos de São Paulo (2012)

Folhetos:

Conferências de Saúde (2015)

Mais SUAS! Mais direitos! Mais cidadania! Contra o desmonte da Assistência Social! - EIXO 3 (2017)

Vídeo: 

Fórum das Medidas Socioeducativas (2018)

A Psicologia é para todo mundo e se faz com Direitos Humanos!